sábado, 22 de dezembro de 2007

Uma Vida Entre Dois Mundos.

Eu li certa vez, que HISTORIAS SAO TEIAS CONECTADAS FIO A FIO, é interessante ver como estes fios, como estas historias de mim e de você, parecem se conectar umas nas outras fazendo do mundo um lugar de vários personagens principais e uma infinidade de figurantes de nossas historias porém protagonistas de suas próprias. As vezes procuramos meios e mais meios de cruzar estas historias, de quem sabe alcançar uma próxima pagina, pensando em nossas vidas como livros, pagina por pagina, gosto de pensar que nossas vidas não são muito diferente de historias e como tal, são teias e que outra forma de dar seguimento a elas se não indo de encontro ao centro, só assim se chega ao fim para então começar uma nova historia.

Sabe, em minha historia tenho tido muitos dias ruins e temo ainda estar vivendo uma mesma historia sem fim, sem nunca ter se quer tentado chegar até o centro, no meio disso tudo acabei descobrindo que não sou tão bom nem tão mau, que no fim das contas também não sou tão forte quanto pensei, mas sempre posso ficar um pouco mais forte quando preciso, e que ser não é exatamente o que importa, se você pensa que é logo não só você mas as pessoas ao seu redor também crerão que você o é e quem sabe assim, um dia você será a pessoa que busca ser...

Essa semana voltei a ler e isso despertou uma vontade infinita de contar historia por isso vou lhes contar uma, não uma história qualquer, mas uma historia como se contava antigamente:

A historia de um garoto, um jovem, um homem, que por muito tempo viveu entre dois mundos, sem saber ou certo a qual deles pertencia. Em um mundo ele era um herói renegado, um dos poucos que ainda lutava por algo maior que ele mesmo, num mundo que mesmo cheio de vida e fantasia, teimava em morrer aos poucos e se tornar cada dia mais normal e severo, no outro era um menino como qualquer outro que portava um segredo único, e esse segredo o consumia, mas o mundo ainda não estava pronto para sabê-lo. No começo, nosso menino passava mais tempo em seu reino heróico onde com seus dons tentava de toda maneira fazer a diferença, ele ainda acreditava que poderia mudar o mundo, e no fundo tudo isso o divertia muito, mas com o tempo isso não era mais o suficiente e tão pouco divertido. na sua adolescência ele começou a viver uma vida dupla, de dia um jovem diferente, deslocado mas ainda assim misterioso, e a noite, um justiceiro procurando trazer a justiça a um mundo que não se preocupava mais com isso. Na vida adulta, o jovem outrora deslocado e diferente, se tornara um professor um tanto irreverente aos padrões escolares da época, a cada aula o universo parecia se expandir na mente de cada aluno, enquanto o outro mundo agora se perdia sem justiça, sem esperança, e sem vida, o herói que um dia lutou por uma causa justa havia desistido e aceitado que sua causa era apenas mais uma causa perdida e assim como todas as outras, não havia por que ser defendida. Alguns anos se passaram em ambos os mundos e por mais que o herói fosse imortal o senhor que agora já se aposentara não mais tinha forças para manter seu segredo a salvo, ele sabia que mais cedo ou mais tarde ele cederia a aqueles que buscavam tirar dele aquele segredo, e então o velho homem um homem que mesmo sendo muito velho se você olhasse para ele em seu terno fino, suas luvas e chapéu verde limão com um bigode ralo sobre os lábios você ficaria admirado, deixou mais uma vez um sorriso escorrer por seus lábios, um daqueles que mostrava desde moço enquanto sonhava acordado com um mundo de heróis e vilões, e decidiu o que faria, decidiu que pregaria sua ultima peça, e sendo assim se ajeitou na velha cama e de olhos fechados viu seus inimigos se aproximando com suas armas sedentos para portar o segredo, aquele que fora guardado entre dois mundos, e então ele ajeitou seu chapéu sobre o rosto deixando apenas os lábios pra fora e cantarolando uma musica misteriosa, ele adormeceu dentro de seu sonho para não mais acordar, levando consigo um mundo e o seu segredo aquele que só ele sabia, a musica continuou ressoando nos ouvidos de todos muito tempo depois da partida do velho, e ao ouvir todos riam por dentro mesmo sem saber o motivo, por um instante era como se soubessem o que o velho sabia, no outro pareciam ter esquecido, assim o velho pregava sua ultima peça em ambos os mundos...

Bom dia a todos, Uma ótima viajem ao nosso amigo Mike, e espero poder escrever todos os dias durante esse feriado...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Noites e Sonhos...

Estranho como as historias são feitas, traços retos e bifurcações um emaranhado de linhas que de perto mais parecem um labirinto a fazer perder a razão qualquer um que desavisado for entrando, quem faz parte dela não tem como saber onde vai chegar, mas quando se olha de fora, a beleza das historias, linhas tecidas por aranhas numa teia sem fim com pequenas gotas de orvalho reluzindo enquanto escorrem acumulando num ponto qualquer, assim são feitas as historias...

...Eu olhava pra luz do lado de fora, esperando, não sabia o que, mas aquela sensação de que devia esperar não parava, as horas escorriam como areia, já era tarde eu precisava ir dormir, decidi comigo mesmo que ficaria apenas mais alguns minutos, mais alguns minutos eu repetia em silencio enquanto meus olhos pesavam e minha cabeça pendia para os lados, recostei a cabeça quase que por reflexo e em pouco tempo já estava dormindo, a luz do lado de fora piscou algumas vezes, notei enquanto acordava lentamente um pouco incomodado com a posição na velha cadeira do computador, arrisquei abrir a porta um tanto decepcionado por ter dormido, ainda era noite, a lua parecia um tanto maior e mais branca no céu enquanto o céu mais negro e pesado, a rua estava vazia, a rede do vizinho balançava com o vento comecei a ter idéias de que talvez algo tivesse mudado, por uns segundo deixei a minha imaginação correr sem rumo, fechei os olhos recostado no pilar esquerdo da sacada, respirei fundo por um momento antes de voltar a realidade, deixei o ar encher meus pulmões, queria abrir os olhos em outro lugar, na minha mente eu estaria em ruas escuras em outro tempo, quem sabe uma Londres de alguns séculos atrás, a noite fria e a má iluminação provocavam um clima propicio a pessoas como eu, uma mulher com um olhar misterioso, por que sempre há uma mulher misteriosa em um sonho, para você ter certeza de que não é real, e assim eu abro os olhos, recobro os sentidos devagar, o vento frio vindo do sul ajuda a despertar, olho mais uma vez ao redor procurando não sei o que, e me volto para dentro, encosto a porta devagar observando a rua uma ultima vez, caminhei meio disperso até meu quarto onde deitei e dormi como se nunca tivesse levantado...

Naquela noite tive um sonho estranho, com aranhas tecendo teias e vozes cantando em línguas estranhas, tão antigas quanto as próprias historias, haviam ruas escuras e retas e bifurcações a todo instante, um emaranhado de becos que deixaria qualquer um fora de sua razão, por um instante pensei já ter visto aquilo em algum lugar, então sorri por um momento como que lembrando, e logo nem sabia mais por que ria, ajeitei meu chapéu, e caminhei pelas ruas estranhas e emaranhadas noite a dentro... sonho a dentro...

domingo, 16 de dezembro de 2007

Revolta

Por que as pessoas insistem em tentar ditar os caminhos que devo seguir, por que será que o ser humano em si não aprende a se limitar ao seu espaço sem invadir o espaço alheio, gosto de pensar que sou um cara razoável, de que mesmo quando tenho razão e as vezes até me assusto com a freqüência que isso acontece, eu me contenho e espero que o momento passe e quem sabe meu ódio se aplaque, o que raramente acontece, mas ao menos não revido, mas só existe uma coisa que não consigo conter, que por mais que eu espere o furor não se dissipa de forma alguma só uma coisa que só se resolve quando eu libero toda a indignação, de qualquer forma, não suporto que as pessoas tomem decisões por mim, ou me privem dos meus direitos, acho que só eu posso tomar as minhas decisões assim como somente eu vou arcar com as conseqüências.

Então por que se meter entre eu e as minhas decisões. hoje eu não indico a ninguém ficar no meu caminho, com certeza não é uma coisa muito boa a ser feita... pelo contrario, poderia gerar inconvenientes desnecessário, acreditem. Em dias como hoje só as minha paredes azuis saberiam como dispersar essa raiva contida de forma o menos destrutiva possível, quem sabe não seja a hora de tentar usar da idéia do bom Spider, ao menos para Fat Charlie pareceu oportuno, quem sabe um pouco de vinho, a companhia de algumas mulheres e boa musica não seriam a solução... argh...

Meus dedos tremem sob o teclado enquanto digito tudo isso minhas veias estão saltando sob a pele acreditem eu posso ver com meus próprios olhos o sangue correr por minhas veias, cada músculo do meu corpo parece retesado e pedir ardentemente por algum tipo de esforço, enquanto minha mente queria apenas vagar para longe de tudo num lugar escuro e silencioso sem o sol e o barulho das pessoas sem os gritos e vozes em meus ouvidos cantando coisas absurdas e sem sentido, queria poder voltar ao meu auto exílio cercado por paredes azuis, ao som de Miles Davis, estar de volta ao ambiente que conheço e me acalma pelo menos até um limite onde posso controlar novamente...

sinto o suor descer pelo meu rosto e isso me incomodar ainda mais, o sol me atrapalha continuamente entrando por uma janela que insistem em deixar aberta, enquanto eu só queria poder fechá-la por algumas horas.

Também não vou terminar este texto, preciso sair daqui, hoje até mesmo as palavras me fogem, e já não sei mais como comecei este post e nem como terminá-lo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Calmaria antes da Tempestade...

Passei os últimos meses em conflito comigo mesmo, perguntas demais sem nenhuma resposta eu acho, isso não mudou, os dias passavam em nuances de cinza, escondidos por trás de mascaras e sorrisos que em momento algum mostraram o que eu sentia, isso também não mudou, as gotas de chuva ainda escorrem lentamente pelas janelas, e as pessoas ainda soam estranhas mesmo quando estão ao meu lado a mais tempo do que eu possa lembrar, existe em mim algo o qual eu não tenho muito orgulho, e que sei bem que as poucas pessoas com que me importo não gostariam de conhecer, gosto de pensar que alguns segredos existem justamente para permanecerem assim, escondidos no mais profundo abismo de nossas almas.

Nos últimos dias tenho experimentado uma estranha sensação de calmaria, e acreditem tenho cogitado seriamente a possibilidade de que eu esteja finalmente me adaptando a minha situação, ao ambiente em que fui jogado sem se quer ser notificado, nem um simples "Ei!!! vou fazer a da sua vida um inferno" sabe apenas ética profissional, acreditem, mesmo os malvados tem isso, afinal de contas, num mundo sem justiça alguma o mínimo que podemos ter é a tal ética não é, nos ajudarmos de alguma forma, gosto dessa ironia, mas o mais estranho é pensar que eu possa realmente me acostumar com isso.

Eu sei, Eu sei, também é absurdo pra mim, e acho que os que me conhecem um pouco melhor devem ter pensado o mesmo, agora tem a segunda opção e é claro acabei aceitando essa muito melhor, até mesmo gosto do fator filosófico que ela implica, no fim acho que é só a calmaria antes de toda tempestade, consigo até ouvir aquela voz meia roca dizendo vagarosamente com um sotaque tão familiar que chega ser absurdo eu não conseguir distinguir, como aquela resposta que fica na ponta da língua, mas você não pode lembrar de forma alguma, o pior nisso tudo é que nessas horas eu noto um sorriso saindo de leve no meu rosto junto com aquele calafrio, acho que isso é o que a maioria chama de sentimentos, não sei se amor, ódio, ou essas coisas, mas um sentimento de estar vivo. gosto dessa sensação. O som do violino enche minha cabeça me envolvendo de dentro para fora, misturando angustia, paz, incertezas e certezas, dores, prazeres, sensações conflitantes e reais, a cada nota um peso diferente, a melodia é triste, mas de certa forma me trás uma felicidade que desconheço, no fim essa coisa densa toma forma e preenche o espaço que outrora era apenas vazio sem sentido frio e desocupado.

Inacreditável, ainda não sei se sou aquele cara mau, não sei se sou um dos mocinhos, não tenho essas respostas, mas acho que aprendi a conviver com quem eu sou, o que quer que isso seja... venham as tempestades, caras como eu só encontram a paz no meio da destruição total, quando tudo está de cabeça pra baixo é quando me sinto mais à-vontade, é quando me sinto quase como estivesse vivo...

Bom dia aos desavisados que passarem por aqui...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A Ignorância é Uma Benção...

Os dias se repetindo inúmeras vezes, o dejavu do cotidiano, um fato que por mais que você tente, infelizmente não é possível alterar, não sei se por falta de vontade, quem sabe por falta de opção, não ouso discutir sobre isso, mas seria tão bom se ser apenas você sabe, só aquilo que você é, sem pretensões de no futuro ser algo melhor, se só o presente já fosse o bastante, sei que alguns dias isso parece possível, mas este dia como todos os outros sempre chega ao fim, e quando o sol se põe e nasce novamente, tudo que te prova que não é o bastante, de que ainda falta um algo mais.

Não queria olhar pras pessoas ao meu redor e ver apenas mentirosos com suas mascaras de sorrisos, queria poder ao menos uma vez acreditar, infelizmente, a ignorância não é uma benção destinada a todos, infelizmente alguns poucos precisam ver as coisas como elas são e se tiverem força, quem sabe tentar mudá-las, ou apenas sobreviver a elas... as vezes penso que poderia ser diferente, que algumas escolhas que fiz fizeram de mim um pouco mais medíocre do que eu deveria ser. Já me peguei pensando muitas vezes tentando lembrar algo em que eu seja realmente bom sabe, não só na média, mas quem sabe até o melhor, e só lembro de coisas que eu costumava ser bom, e ai, não consigo evitar de pensar, quando foi que parei de ser o melhor para apenas ser um dos melhores até que nem isso eu fui mais, quando parei de me contentar com o primeiro lugar para ser apenas um dos primeiros... e se quem sabe, não estou errado sobre tudo e todos..

"Todos mentem viver com essas mentiras é o que nos torna felizes" Foi o que disse o Excêntrico Dr. House em um de seus episódios, queria poder dizer que é mentira, ou até mesmo discordar, mas acho que acabei abraçando esta filosofia quase como se fosse minha, é triste viver um mundo de mentiras, mas acreditem, é muito pior viver uma verdade num mundo de mentiras, onde você não pode nem mesmo quando quer, acreditar em nenhuma palavra ou gesto vindo das pessoas ao seu redor. mais uma vez, a ignorância se mostra uma benção.

estou a uma semana quase sem escrever aqui(sem internet em casa) e notei que senti mais falta disso, mais falta das pessoas que conheci aqui através de comentários do que da vida real cheia de pessoas reais incapazes de provocar qualquer tipo de sentimento real em mim, serie eu tão insensível assim, terei eu calejado a pele tanto assim a ponto de não mais conseguir sorrir com as brincadeiras ou com as conversas fiadas, é difícil rir de uma historia contada como mérito quando já se sabe que não é verdade, é difícil ficar excitado com uma aventura contada aos amigos quando você sabe que esta também não é verdade, difícil ficar nervoso com um eu te amo, ou um sinto sua falta, quando você melhor do que ninguém sabe que isso não é verdade, não posso pedir que entendam quando nem eu mesmo posso entender, mas já fico feliz de compartilhar, as vezes penso que me expor assim chega a ser ridículo, mas lendo os textos de outros por ai eu acabo aceitando, quem sabe não sou eu um escritor da liberdade, ao menos nessa liberdade eu ainda acredito, e como eu disse no meu primeiro post, quem sabe minhas palavras mesmo que um tanto desconexas, não façam a diferença para alguém...

Boa Noite e um bom dia aos que vivem na noite e por aqui passarem...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Eu Tenho um Blog de Elite

A a maior parte de vocês já deve ter visto este post em outro lugar por isso vou tentar não prolongar isso e ser o mais prático possivel, tendo sido indicado pela Lyani e pela Flavia como Blog de Elite, tenho o dever de indicar mais 5, dessa forma não poderia fazer diferente:

Além do Cerrado
O Avesso da Vida
Nessessidade de Escrever
Vi
Catapop

Ok bem atravessado mas o que vou fazer, além de tudo estou sem inspiração, quem sabe a noite eu trago algo mais inspirado...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Sonhos em Nuances de Cinza.

Tem dias que tornam mais fácil o não ser social, não sei por que, pode ser a chuva caindo logo cedo antes mesmo do despertar, pode ser que sejam as pessoas tão presas em suas próprias idéias que nada poderia libertá-las de suas próprias prisões, não que alguém tivesse realmente interesse em fazer isso, as prisões hoje em dia são praticamente a salvaguarda de muitos, é como parar, viver um mal conhecido é melhor que arriscar a um desconhecido não é mesmo?

Em dias assim você não pensa você apenas levanta e começa sua rotina matinal, dá um tapa no despertador, pega suas roupas vai até o banheiro para um banho pensando que talvez seja somente o sono a te perturbar as idéias, e quando sai por um instante pensa que era isso mesmo, que agora está tudo bem mais uma vez, que o dia irá fluir, você se veste deixa o café de lado, afinal você nunca foi muito disso, quando sai na rua o mundo parece que mudou para tons de cinza espalhados disforme mente sob uma paisagem qualquer e só ai você percebe que não era só o sono que te perturbava, a manhã passa devagar, os minutos escorrem como as gotas de chuva na janela lenta e sofregamente, no fim da manhã a única coisa que você quer é chegar em casa olhar pras paredes que infelizmente não estão mais lá esperando por você no lugar delas paredes brancas e pálidas e uma iluminação exagerada tornam até mesmo uma tentativa de descanso durante a hora de almoço quente e dolorosa como um pesadelo do qual você tenta mas não consegue acordar e quando finalmente consegue você sente o suor escorrer seu corpo de maneira incomoda e desconfortável, mesmo num dia chuvoso de nuances cinzas como hoje, sua cabeça pesa no caminho ao trabalho, você não sente fome mesmo trocando o alimento por minutos que mais pareceram horas de pesadelo, a tarde não é diferente da manhã e mais uma vez as gotas se mostram pra você descendo lentamente pela janela lateral, se ao menos você estivesse nas paginas daqueles livros que você adora ler, onde em dias como esses a sua vida pode mudar inesperadamente, uma ligação e pronto, homens de aparência estranha chamados quarta-feira, velhos com seus chapeis panamá e luvas verde limão cantarolando o destino do mundo, mas isso é só o sonhador dentro de você que tenta brigar com a realidade que é bem menos atrativa que isso pois quando o dia termina, você ainda é você, não um semi Deus, sua voz não dita o rumo dos acontecimentos você não pode voltar dos mortos e nem tornar-se o próximo na lista de muitos que já foram aquele que sempre será o primeiro entre os antigos, no fim você é só você e o dia vai chegar ao fim sem que nada tenha mudado...

Antes de ir pra cama e recomeçar a sua rotina você pensa, só mais um dia em nuances de cinza... só mais um flashback de algo que não foi e nunca será assim como os domínios de uma certa figura de cabelos pretos e pele branca coberto por seu manto negro, e por fim, antes que seu olhos fechem você até pensa ter ouvido algo ou visto uma sombra a esgueirar-se por baixo da porta e sorri com a ironia...

"Quando você sonha, algumas vezes você se lembra. Quando você acorda você sempre esquece."

Acho que mesmo com toda sensação de estar vivendo um pesadelo dentro de um sonho, ainda prefiro dias como estes dentre os dias de sol onde as pessoas saem de suas casas vestindo suas mascarás de sorriso amarelados e olhares vazios, cheios de uma falsa alegria que eu não sei fingir mais... gosto de pensar que este post me torna um pouco menos hipócrita já que como respondi em um scrap, reclamo dos dias escuros enclausurado em meu quarto, mas não sei mais viver as flores e o sol… Já ia esquecendo, preciso agradecer a Fla e a Ly pelas indicações do Blog Elite, que em breve vou postar por aqui, e ao Grande Mike que escreveu um texto em seu blog dedicado a mim, fato que um dia eu espero conseguir retornar em algum texto que faça jus.

E já que o texto de hoje foi recheado das palavras e idéias emprestadas de Neil Gaiman que hoje já fazem parte de minha mente conturbada, não vejo forma melhor de terminar o texto do que como o mestre começou sua obra:

"Com um punhado de areia eu mostrarei o terror a vocês..."

domingo, 2 de dezembro de 2007

LEAVE ME ALONE

Nunca pensei que alguém pudesse estar realmente só mesmo que acompanhada na maior parte do tempo, o pior é que eu me sentiria melhor se pudesse ficar realmente só sosinho, sem ninguém por perto sabe, sem precisar fingir uma alegria que não existe ou ter que ser social quando tudo que se quer é estar sosinho.

A solidão pode vir de várias formas, foi o que me disseram certa vez, mas nunca pensei que ela viesse acompanhada, queria poder gritar Deixem me em paz,ou levar comigo uma placa dizendo "Leave me Alone" mas nem isso eu tenho direito. Tem uma frase de Tennessee Williams que dizia: "Quando muitos estão só, parecendo estar só, é extremamente egoísta ficar só, sozinho". Pois bem, acho que sou esse egoísta do qual ele fala, não que eu queira realmente estar sozinho, mas de má companhia eu já estou cheio, pessoas com as quais você consegue no Maximo uma conversa artificial, sem profundidade alguma, pessoas que te perguntam como você está sem ter realmente a intenção de saber se está bem e mesmo que queiram, não tem a menor intenção de fazer algo para ajudar, me digam, por que alguém iria querer estar cercado de pessoas assim, bem, posso ser louco , egoísta, o que for, mas pra estar cercado por este tipo, prefiro ficar só, e o mesmo vale pra um amor, não quero apenas alguém para não estar só, quero estar com alguém por que realmente quero estar com ela, ou quem sabe até precise, não se sente isso por qualquer pessoa, isso eu tenho certeza.

Não era neste ponto que eu queria chegar, mas o que posso fazer, quase sempre as palavras que escrevo fogem ao meu controle, acho que na verdade tudo que eu queria era de certa forma não ter que me esforçar tanto por nada, se ao menos eu tivesse a certeza de que todo o esforço feito hoje fosse valer a pena um dia, e por favor não venham com aquele discurso de que vale a pena, que é só esperar, por que já ouvi isso algumas vezes durante o pouco tempo que já vivi e acreditem, não é fácil assim, o mundo não é justo como deveria e nem sempre você recebe de volta o bem que plantou, as vezes você se esforça e no fim o que você alcança, não é aquilo que te você tanto sonhou, não foi por isso que você lutou, mas ainda assim foi o que veio em troca...

Não quero estragar os sonhos coloridos de ninguém, e não vou pedir desculpas pelo que disse até aqui, pode não ser justo, mas a vida também não é, e infelizmente, cedo ou tarde todos teremos de aprender a conviver com isso, pros realistas, isso nunca foi problema, mas eu tenho pena dos sonhadores como eu, que todos os dias se assustam um pouco mais com a triste realidade que vivemos, e que aos poucos vão descobrindo assim como eu, que a vida não é um sonho e que os sonhos, não passam de sonhos...

Bom dia para todos que passarem por aqui, e pros sonhadores, que ao menos os seus sonhos possam ser os mais surreais possível...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Paredes e Olhos Azuis...

É estranho pra mim pensar que de tudo que eu poderia sentir falta no meio de toda essa mudança, o que mais me faria falta seriam as paredes azuis, sei que pode parecer insensível, mas não sinto a menor falta das pessoas, nunca pensei que seria esse tipo de pessoa, o tipo que não se apega a nada, mas acho que no fim as pessoas tendem a nos decepcionar e no meio do caminho é mais fácil simplesmente perder a fé nas pessoas do que continuar dando murros em ponta de faca, pelo menos é o mais racional, e este sempre foi o meu maior problema.

Há dias em que me agarro a esperança de que ainda sou um cara legal com esperanças e otimismo, mas como me apegar a essa idéia quando os esses dias são raros e acabam tão mais rápido do que os dias normais onde eu sou só aquele cara mau e triste escondido por trás de mentiras e olhares vazios, eu lembro que a não muito tempo eu me via em personagens de filmes como Uma Historia sem fim, Peter Pan, Patch Adams, O Milagre da Rua 34, filmes que hoje eu tenho até mesmo dificuldade de lembrar, enquanto hoje os únicos personagens que me chamam a atenção pra não dizer com todas as letras que me identifico com eles, são Jean Reno em O Profissional, Wasabi, Robert De Niro em Taxi Driver, Hank Moody(David Duchovny) em Californication e é claro o maior de todos Dr. Gregory House com o seu "EVERYBODY LIES".

Não queria ser assim, e nem mesmo me sentir assim, mas as vezes esse pensamento é tão acolhedor quanto as paredes azuis das quais sinto tanta falta, é triste e bom, e no fim é como na letra da musica de uma banda já bem antiga chamada The Who - Behind blue eyes:

No one knows what it’s like
To be the bad man
To be the sad man
Behind blue eyes

And no one knows what it’s like
To be hated
To be fated
To telling only lies

No one knows what it’s like
To feel these feelings
Like I do

And I blame you

Queria pôr a culpa de tudo isso em alguém, quem sabe nas pessoas, quem sabe em você, quem sabe em mim, mas no fim, acho que já desisti disso também. Se ainda resta um desejo de mudança, pode ser que um dia a mudança venha, quem sabe chegue com uma noticia boa, uma nova esperança, ou talvez, quem sabe, algumas pessoas tenham que ser assim mesmo por dentro e viver e morrer sem que a face por trás da mascara seja revelada, quem sabe no fim um sorriso amarelo e um olhar vazio sejam o suficiente... quem sabe...

Bom dia para aqueles que passarem por aqui!!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Somos criaturas de Desejos

Nossa, acho que faz realmente tanto tempo, e o estranho é que eu realmente senti falta de estar por aqui, de deixar meus pensamentos mesmo que meio sem criatividade, senti falta de brigar com as minhas idéias em busca de solução.

Mas isso não vem ao caso, por que tenho muita coisa pra colocar nesse caderno, pouco tempo passou, mas muitas coisas aconteceram e não só os ares são diferentes pra mim mas até mesmo o olhar pras paredes em busca de inspiração não é mas o mesmo, acabei por me mudar de onde estava e o mais absurdo é que no final, descobri que não era bem isso que eu precisava, e muito menos o que eu queria. Como é complicada a mente e os desejos humanos, acho que hoje entendo um pouco melhor a mente de Neil Gaiman quando pensou na personagem Desejo para sua obra máxima SANDMAN, sem duvida ela parece ter muito mais sentido pra mim agora. Nunca pensei que depois de alcançar o que eu queria eu iria pensar em voltar ao que era antes, sabe não sou do tipo de pessoa que desiste e volta a trás e esse tem sido o meu maior dilema nas ultimas semanas, eu fiz o que era preciso, cheguei onde queria, tudo bem que não foi exatamente como eu queria, mas estou aqui, e agora que tenho tudo isso, só consigo pensar em voltar ao que era... Vou ser Nostálgico agora, podem rir, mas me lembra muito aquele desenho do pingüim que ao morar no frio Polar, sonhava em morar numa praia quente com água de coco e areia, era seu sonho e eu não podia entender por que o pingüim ao chegar lá sonhava em voltar a sua terra fria e cheia de Neve, ta vendo, desejos que acabam por tornar a vida sempre mais complicada.

Bem, sei que não é muito, mas na situação que estou hoje só ter podido escrever aqui já é um enorme avanço, logo, se tudo der certo, quem sabe estarei postando mais uma vez minhas idéias durante as noites escuras com o frio e as minhas tão queridas paredes azuis a tornar a noite mais acolhedora do que ela é hoje...

Um Bom dia para os viajantes que passarem por aqui.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Mais uma noite sem a Bendita Inspiração...

Mais uma manhã ou madrugada se preferem assim, que sento diante do computador sem idéia alguma do que escrever, e pior, sem vontade nenhuma também, o motivo? Não faço idéia, mas bom sinal não é, com certeza são os dias deste blog começando a serem contados assim como os demais que já fiz. A falta de inspiração é realmente um bicho papão na vida de qualquer um que sonhe em escrever algo que algum dia tenha alguma relevância e até mesmo para aqueles que sonham mais baixo como eu e apenas querem poder escrever, mesmo que algo inútil apenas para se expressar e passar o tempo.

E assim como ontem estou aqui escrevendo por pressão de minha própria parte tentando em vão encontrar no meio das palavras que aparecem na tela algum assunto que possa por acaso se infiltrar no texto saído de meu subconsciente, o que seria um verdadeiro milagre.

Bem pelo menos escrevi alguma coisa digo a mim mesmo tentando encontrar algum consolo nessa frase, algo um pouco absurdo vindo de um cético, mas não custava tentar, então o que posso dizer, escrever aqui não tem sido a experiência que pensei que seria, mas como sempre eu acabo me apegando a causas perdidas como essa, agora fica a questão aqui, qual será o motivo do fim já quase eminente deste blog, a minha desistência a mais essa causa, ou se antes disso além da inspiração as palavras também me faltarão...

Não estou dizendo que estou acabando o blog por aqui, a ultima coisa que quero é tornar esse blog um lugar pedante, chorando por elogios em cada texto, por favor não me entendam errado, só estou chutando o baldinho e colocando para fora as idéias já que a inspiração está em falta, por isso vou ficando por aqui deixando com vocês uma frase retirada da série One Thee Hill:

"Parece que há um tipo de ordem no universo... no movimento das estrelas e na volta da terra e na mudança das estações. Mas a vida do homem é quase um puro caos.Todo mundo tem sua postura, defendem seus próprios direitos e sentimentos, errando os motivos dos outros e dele mesmo."

Katherine Anne Porter

Mais uma vez Bom dia aos que passarem por aqui.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Dor de cabeça...

Ok, o que fazer quando sua cabeça parece que vai explodir durante dois dias inteiros e aparentemente não vendem remédio pra dor forte o suficiente para parar isso? Essa pode parecer uma pergunta anormal mas no momento é a única coisa que se passa por minha cabeça e por este motivo e provavelmente alguns outros, eu não tenho tido inspiração para escrever e nem vontade para ser bem sincero.

Mas como eu já disse no post anterior, estou tentando não deixar de escrever algo por aqui se não desisto de vez e este blog entrará para minha lista de desistências... não que ele esteja sendo um grande sucesso, pelo contrário, parece que nem esconder a minha identidade eu não consegui e até assustei alguns leitores hauhauahaua, mas essa historia fica para outro dia, hoje como eu já disse estou sem muita inspiração.

Bom dia a todos que resolverem perder um pouco do seu tempo por aqui...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Sem Inspiração...

Fiquei com sono e sem vontade de escrever hoje, mas não queria deixar passar em branco por que me conheço bem e se deixo hoje amanhã já não me preocupo, e depois quando vejo já parei de escrever de novo, e o pobre do caderno vai ficar justamente como não queria “Esquecido num canto Qualquer”.

Então resolvi postar um Texto de Luis Fernando Veríssimo é claro invejando a Flavia que Postou o que eu queria que é Pessoa Errada, mas tudo bem:

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente à tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.

Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia.

Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar

você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios.

Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.

Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz.

Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.

Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.

O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, ao seu lado, dando o maior mole.

O amor está em todos os lugares, você que não procura direito. A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível.

Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, as quatro da tarde, depois de uma discussão e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza.

Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

Luis Fernando Veríssimo

Um Bom dia para os que passarem por aqui...

sábado, 6 de outubro de 2007

Entre o certo e o Errado???

Bom dia, é realmente muito bom poder escrever novamente durante a madrugada, parece que tudo é mais propício, não que mude a inspiração para escrever, talvez eu tenha me expressado mal no ultimo texto, o assunto é o mesmo, a vontade de escrever é diferente, é como se fosse um atirador, as condições precisam estar favoráveis pra que eu consiga escrever um texto pelo menos razoável, convenhamos já vi crianças com 12 anos escrevendo melhor do que eu, e com mais erros de português é claro, mas isso não vem ao caso.

Mas deixando meus dotes como escritor de lado, passei o dia inteiro pensando em como podemos saber o que é certo e o que é errado, como saber se o que achamos ser o certo não é na verdade o errado se na maioria das vezes é considerado uma questão de opinião e ponto de vista e se é assim como saber se as decisões que tenho tomado baseado no que eu penso ser o certo a fazer não são as decisões erradas?

Depois de bater cabeça por um tempo e acreditem isso foi quase no sentido literal, eu cheguei a uma conclusão, não é uma questão de ponto de vista, não é uma questão de opinião, é uma questão do SEU ponto de vista e da SUA opinião, se pra você é o certo e você fizer o contrario, não importa o que os outros te digam pra você será sempre a resposta errada...

Ok fiquei confuso também e se vocês entenderam uma palavra se quer do que eu disse já são pessoas mais espertas do que eu, no fim das contas acho que minha mãe é que esta certa, eu estou sempre sonhando, vivo com a cabeça enfiada num mundo da lua, achando que a vida é um conto de fadas, mas pra mim eu só tenho feito o que acho ser a coisa certa, eu não poderia viver comigo mesmo de outra maneira...

Acho que acabei fazendo uma salada de frutas ao invés de um texto sobre Certo e Errado, e no final pode ser que Luiz Fernando Veríssimo esteja certo e nada disso que eu falei faça algum sentido, talvez a pessoa certa que tanto procuramos seja a pessoa errada, alguém pra te tirar do sério algumas vezes e quem sabe assim alguma coisa comece a fazer algum sentido nisso tudo...

Um Bom dia pra vocês e sorte pros que vivem como eu, no Mundo da Lua!!!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Problemas com o Tempo...

Acho que devo começar com um pedido de perdão pros que vieram durante a madrugada e não encontraram meu post, isso levando em conta que alguém tenha vindo, mas é que em minha cabeça se passava a idéia estranha de que talvez, se eu escrevesse durante o dia o texto pudesse ficar um pouco menos dramático e melancólico, o resultado só vou saber depois, por hora não estou muito satisfeito com a experiência, o barulho, a luz, até o clima é diferente, me sinto muito mais acolhido a escrever durante a madrugada que parece consentir minhas besteiras com seu silêncio.

Bem, como diria meu Avô “Agora é tarde Inês é morta” então vamos prosseguir com a inspiração que me resta nessa tarde que ao menos parece ter escurecido ao Maximo para que eu me sentisse pelo menos mais a vontade, sei que é pretensão minha, mas gosto desse tipo de ironia.

Já repararam como o tempo passa mais devagar quando você quer simplesmente sentar e esperar que o dia termine, pode parecer um pouco paranóico, mas ontem senti como se o tempo voltasse 1 minuto a cada 2 que passavam só pra implicar comigo, tentei de tudo, ver filme(não agüentei nem os primeiros 15 minutos e fiquei impaciente), animes(acredite parava sempre que podia pra olhar a tela do PC e atualizar as diversas paginas abertas), séries(assistia um epi e parava e nem o epi de House levantou minha moral) e até tentei dormir outra coisa que também não deu certo, por fim ainda tive que ir a uma reunião de 1 hora que mais pareceu durar umas 3.

Sei que brigar com o Tempo não é algo muito inteligente, e mesmo que não pareça, sei que o tempo não voltava para me irritar, mas a sensação era essa, o por que, acho que nem eu não sei direito, vai ver é por que acredito um pouco ainda naquela besteira de que o tempo cura as feridas, ou algo assim. O Pior de ter escrito tudo isso durante a tarde, é que no fim do texto, nem mesmo tenho a esperança de um novo dia hehe, acho que vou ter que me contentar com o que resta desse... Quem sabe não é uma boa idéia...

Um Bom resto de Dia pra vocês...

Perdas e Danos...

Bom dia mais uma vez, com está frase já quebrei meu próprio recorde, afinal ainda estou aqui e esse já é meu segundo post, queria já ter uma proposta certa do que vou fazer neste blog, mas ainda não será hoje, hoje só quero poder colocar pra fora algumas coisas, coisas como aquele sentimento de perda, por que quando se perde algo, ou alguém que se ama muito é só isso que você sente quando as coisas não vão bem, não sei por que este sentimento é tão forte por que sempre está lá mesmo sem ser convidado mesmo sem motivos, ele simplesmente aparece e tudo ao seu redor fica mais escuro e sem vida.

Não quero ficar chorando magoas por aqui, apesar deste ser meu caderno e seria justo fazer isso se pensarmos dessa forma, mas o que eu quero é organizar minhas próprias idéias, quero entender como. Sei que meus problemas não são os piores e nem os mais difíceis de se suportar, mas ainda assim. Sei que deveria relevar tudo isso, sei que eu posso ser o que quiser ser, sei que a minha vida o meu passado e as circunstancias não é o que sou e nem servem de justificativa para não fazer o melhor que posso, mas é que quando se perde alguém, parece que nada disso faz sentido, já que tudo que você tem e ama pode ser tirado de você assim em segundos.

Passei os últimos dias tentando achar uma resposta, tentando justificar os meus problemas, e negando a possibilidade de que talvez o problema esteja em mim, negando que talvez eu não esteja fazendo o bastante negando que talvez os meus problemas sejam fruto da minha preguiça e da comodidade de simplesmente sentar e culpar a tudo e a todos.

“Na terra dos preguiçosos o mundo prega peças em você” (Californication)

Pode ser uma frase de uma série qualquer, mas isso é verdade, o tempo passa e você já está tão acostumado a ver a vida passar e pensar que assim está vivendo que quando abre os olhos você já perdeu muito mais do que podia.

No primeiro post falei em talvez escrever algo forte e cheio de impacto, falando sobre as injustiças da vida, pois bem, acho que já temos o bastante disso nesse texto.

O bom de escrever durante a madrugada, é que no final do texto você tem sempre a esperança de um novo dia, novas tentativas e novas oportunidades... Tenham uma boa noite e nos vemos outra vez amanhã, assim espero.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

E por que não um Diário?

Difícil saber como começar, afinal já passei em muito os meus tempos de diário, tenho 22 anos, e só agora resolvi escrever, quem sabe o que tenho a dizer sirva a alguém um dia.

Nunca tive um diário, mas admito, que por algumas vezes pensei seriamente em começar um, mas sempre que escrevia as primeiras linhas desistia, olhava o que tinha escrito até ali e detestava, pensava comigo mesmo “que besteira é essa” e por fim acabava não escrevendo nada. Duvido que eu tenha algum talento pra isso, mas quando já se chegou aos 22 anos escutando a opinião de tanta gente você não liga muito pra isso desde que possa escrever quando quer e goste disso, Opinião é algo supervalorizado nos dias de hoje, quem diria.

Eu já estava a algumas semanas maquinando como iria fazer isso, o que iria escrever, pensava em algo forte e cheio de impacto, falando sobre as injustiças da vida, ou quem sabe usar um pouco de sarcasmo e ironia pra causar uma boa impressão, mas, no fim das contas acho que vou apenas escrever o que tiver vontade quando tiver vontade(vou tentar postar todos os dias, mas sem promessas ok), quem sabe algo de bom possa nascer disso tudo.

O Nome ainda não é permanente, o layout vai ficar assim até que eu resolva o que fazer e o conteúdo, bem, este só Deus sabe o que vai ser... não vou mentir dizendo que não me importo com o que irão comentar, afinal, vai sempre um pouco de mim em cada palavra postada aqui, em cada brincadeira por mais boba que possa parecer afinal é nessas brincadeiras que as maiores verdades são ditas segundo o irreverente Charles Chaplin...

Sem mais por hoje, lhes desejo uma boa noite e um até amanhã, pelo menos assim espero...