segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Red, Black and Blue,,,

Eu estive te olhando por tanto tempo, que meus olhos ficaram vermelhos da cor do seu casaco, e ainda estão, minha alma negra como os teus cabelos, procura a luz em sua historia, enquanto te observo entre paredes azuis.

Parei no tempo e como as aranhas, teci uma historia em vermelho preto e azul, fiz isso entre um drink de "Daniel's" e um trago de "Camels", por que nunca estive tão só e tão triste nessas paredes azuis, escrevi teu nome na capa do que deveria ser o meu livro, contei historias, criei mundos, foram contos de amor e de ódio, de guerra e de paz, mas todos eles tinham teu nome. eu pensava em você e te olhava, mas pra você eu não estava lá.

Vendi minhas historias, marquei teu nome no "times", "Publisher weekly", "The Post's" sempre em primeiro lugar, te coloquei nas vitrines das livrarias, as mais famosas, as mais conceituadas, varei as tardes a sua espera riscando teu nome com minha grafia em livros que não eram teus, há pessoas que me viam, mas não eram você.

Eu vi dias virarem noites regadas à vinho, whisky, vodka, e todos eles tinha o mesmo sabor, e quando o mundo mergulhava no sono dos justos, eu sentava ao piano e com as mão pesadas eu chorava a minha dor, chorava a tua falta.

Eu cantei teu nome e a nossa historia ao mundo, a historia que não tivemos e talvez nunca venhamos a ter, outra vez o mundo conheceu teu nome, dessa vez em minhas canções, mas, mesmo quando todos me ouviram, você não me ouviu.

Podíamos ter tudo, podíamos mudar o mundo se você me ouvisse, se você me visse, e eu continuo a te olhar, e eu sempre estarei lá, mesmo que pra você eu seja apenas o Vermelho, Preto e Azul.