quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quem é você?

Olho a minha frente e não vejo nada, nada que me sirva, e estou cansado de me adaptar e ser como todos querem que eu seja, não quero apenas seguir em frente sendo um produto do acaso, sou o que sou e pretendo ser assim enquanto eu viver, Tudo que vejo quando olho pra você, é aquilo que você poderia ser se fosse você mesmo, quem é você agora?

Olho pros lados, e num minuto estou cercado por mentiras, por impostores fabricados por essa sua idéia de você mesmo, será que você não percebe, será que não vê? Eu não quero ser essa idéia que você tem de mim, eu não quero ser.

Eu sempre estive aqui te dizendo quem você é, esqueça o que dizem, esqueça o que eu disse, seja apenas você, Só quero ser quem eu sou, pois sou apenas um filho de um pai trabalhador, e de uma mãe que sempre esteve lá, sou apenas fruto do que eu sou e não do que eles foram, sem rótulos, sem falsas idéias, sou apenas aquilo que eu deveria ser, Sou apenas eu, e não quero viver tentando ser alguém melhor.

Eu só quero ser aquilo que venho sendo, eu só quero ser quem eu sou.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sonhos sem fim...

Foi estranho pra mim perceber que não foi a falta de inspiração, que não foi os dias cheios de compromissos chatos, não foi o amor, nem a guerra, não foi nada que eu pudesse culpar sem que a culpa recaísse em mim, pois quem mais se pode culpar pela falta obvia de motivação. Não foi por um motivo em particular, nada épico para que eu pudesse preencher estas linhas já a muito cheias apenas de vazio e escuridão, nada marcante que posso mudar o possível ódio acumulado pelos meses que lhes deixei sem nenhuma luz, por isso lhes devo desculpas, e fica aqui meus sinceros pedidos de desculpa.

Mas se existe alguém ou algo que devo ainda mais é a este caderno, o mesmo que me ofereceu suas linhas confidentes, que escondeu minhas lagrimas nos dias cinzentos, que me ajudou a extravasar quando o azul irradiava em quase todas as tonalidades em minhas paredes, este que em troca, só me fez um pedido, "não me esqueça num canto qualquer", não é assim que diz a letra, aquela que escreveu o poeta? sei que não serve de consolo, mas foi a motivação que me derrubou, na verdade não ela, mas a falta dela, não havia nada que vocês fizessem, e vocês fizeram mesmo assim, que pudesse me manter motivado, não há como motivar alguém que já esqueceu seus objetivos.

Roberto Campos uma vez disse: "O excesso de zelo é uma forma de fanatismo. E os fanáticos costumam redobrar os esforços quando perdem de vista os objetivos." e foi assim que fui me deixando levar num fanatismo por nada, não pelo zelo, pois se assim tivesse feito, ao menos os textos estariam aqui de um jeito ou de outro, mas na falta do objetivo, na falta de um ideal, transformei meu esforço num esforço sem direção, e perdi o rumo, perdi as palavras, mesmo que elas nunca tenham me abandonado, hoje vejo isso, e cego continuei meu caminho rumo ao esquecimento, mas assim como tudo que é grande, e marcante, como tudo que é épico, a motivação voltou, voltou nas coisas simples como deve ser, e na sua simplicidade, trouxe de volta a este John Doe, este sem nome e nem sobrenome, a lembrança do que as palavras podem fazer, do por que contar historias é tão importante, me lembrou o que as historias fazem, e isso não pode ser esquecido, abandonado, ou deixado num canto qualquer, isso vive em mim e em todos vocês.

E quem sabe, um dia, Seja ele bom o mau, uma historia, uma musica, palavras, te façam lembrar e despertem a motivação, a tranqüilidade, por que as vezes você só precisa relaxar, ou seja o que for que te falte para alcançar seu sonho. Só não deixe de sonhar...