terça-feira, 25 de março de 2008

A Coisa Certa.

Eu sinto o sangue correr e eu ainda sinto as gotas escorrerem pelo meu rosto, eu fiz tudo errado, eu destrui tudo o que toquei durante quase toda minha vida, as cenas se repetem em minha mente, uma musica ecoa em meus ouvidos enquanto minha historia, meus pecados são contados em flash backs continuos.

Cada decisão que tomei, hoje me fere tortuosamente, e para cada dia que passei sem entender, meus ossos envelheceram, durante anos minha mente se perdeu num turbilhão de lembranças de erros que se refletiam em cada poça d'água, passando repetidas vezes, até que eu entendesse, até que eu visse, e eu vi acredite eu vi, eu olhei para a escuridão mais profunda do ser humano e ela olhou devolota pra mim e o que eu vi nos seus olhos, o que eu vi...

Eu queria que alguém me dissesse que tudo ia ficar bem, que tudo daria certo no final, mas ninguém estava lá para mim, eu os afastei, destruindo tudo que tentou chegar perto de mim, meu passado é uma bomba relogio pronta a explodir a qualquer instante, e eu sei disso, sei que ninguém nunca irá esquecer aquilo que fiz que as pessoas irão se ressentir, que elas não me querem de volta e que eu realmente não pertenço mais a este lugar, mas eu acho que dessa vez, eu posso fazer direito, que dessa vez eu posso fazer a coisa certa.

Sabe, tem uma coisa que ninguém diz sobre as segundas chances, elas não apagam o que você fez no passado, ela não é como era quando você fez tudo errado, ela é como uma piada de mal gosto, trazendo devolta seu pior pesadelo, o dia que você morreu pro resto do mundo, só que dessa vez, eu fiz a coisa certa...

A chuva cai lá fora, eu sinto o sangue escorrer pelo meu rosto, eu fiz a coisa certa dessa vez, eu fiz a coisa certa.

Por John Doe

domingo, 23 de março de 2008

Passado...

Sonho, realidade, vida, quem decide o que é ou não é real, quando sua mente insiste em lhe dizer que tudo isso que você vê mesmo que não seja com seus próprios olhos, é real, é tão real quanto a estrada e os carros na sua frente, as vezes tudo que quer é pegar a estrada e seguir, sempre em frente, algumas paradas evetuais mas em frente, tirar os retrovisores para ter certeza de que o que ficou pra trás continuara lá, sem chances de voltar e o que vier do passado não poderá te alcançar, acho que essa é a minha versão de assumir o controle da vida.

O Estranho é que por mais que você se afaste dele, ele sempre estará lá fazendo parte do seu futuro, tocando sua alma e coração seja de forma positiva ou negativa, influenciando em todas as suas decisões, e não importa o quanto você acelere, ele vai continuar atrás de você e nada pode mudar isso, mas de alguma forma, o seu presente e as pessoas relacionadas a ele fazem total diferença em como o passado vai te encontrar. E ele te encontrará...

Eu vejo a chuva cair pela janela, sinto o cheiro levantando da terra molhada torrencialmente, cada gota, cada lembrança, o cheiro familiar tomando minhas narinas, trazendo devolta algumas lembranças, imagens se formam e invadem meus pensamentos possibilidades, inumeras realidades se chocando em busca de algo que não está lá. algo que se foi a muito tempo, enterrado nas lembranças de um passado distante, algo do qual eu fujo com toda a força que me resta e todos os dias as lembranças me fazem acelerar ainda mais, mas eu sei, eu sei que não importa o quanto eu fuja, ou para onde eu vá, um dia, como todas as coisas no passado ela irá voltar e quando voltar, eu espero que algo tenha mudado... que algo comece a fazer sentido, que finalmente eu não precise mais fugir. e que quando este dia chegar, eu possa ser o que o passado não me permitiu ser, o que o presente não me ofereceu e o que o futuro sempre esperou que eu fosse...

por John Doe

sexta-feira, 21 de março de 2008

Morte Original

Frio. Congelante. Vontade mórbida de permanecer na inércia. Olhar com desprezo. Palavras perfurantes e destruidoras. Mente que sangra. Pensamentos mortais. Movendo-se apenas por mover. Procurando apenas mais alguém como você. Tentando se tornar um vivo entre milhares de mortos. Continua Morto. Como todos os outros.

Sem querer ser bom. Sem querer ser amável. Sem querer ser Humano. Apenas querendo estar Vivo. Mesmo sabendo que foram poucos os que retornaram da morte para a vida.

Apenas Farsantes que todos os dias fingem sentimentos, emoções e razões para todas as coisas que fazem. Nem existe mais sangue nas veias. Nem mesmo sabem mais como é viver.

Há tanto tempo que não vivem que já até esqueceram como é. Olhar com desprezo. Palavras perfurantes e destruidoras. Mente que sangra. Pensamentos mortais. Movendo-se apenas por mover. Procurando apenas mais alguém como você. Matando sem sentir remorso.

Afinal, por que sentir remorso de matar algo que já está morto?

Por que sentir pena da dor se tudo não passa de uma farsa?

Frio. Congelante. Vontade mórbida de permanecer na inércia. Ou apenas realmente morrer.

Por Vanrogue

terça-feira, 18 de março de 2008

Como Crianças e Zumbies em um Playground

Gostamos de brincar de ser bons.

Gostamos de fingir que somos sinceros.

Gostamos de mentir a respeito de nós mesmo.

Gostamos de mentir para nós mesmos.

Gostamos de brincar com o que é errado.

Sem dar importância ao que pode acontecer.

Gostamos de estar sempre com a razão.

Sem entender que não temos absolutamente razão para nada.

Somos como Crianças e Zumbies em um Playground.

Brincamos com o mal sem dar credito ao que pode acontecer.

Achamos que simplesmente está tudo bem, que não vai acontecer nada...

Somos Crianças que não se preocupam com o que está ao nosso lado.

Por mais que seja feio, pavoroso. Estamos brincando.

"Não pode ser tão ruim assim!"

Somos Como Crianças e Zumbies brincando em um playground...

Até o dia que os Zumbies saltarão sobre nós e arrancarão nossa pele. Desmantelarão nossa carne e comerão nossos cérebros.

Aí realmente entenderemos que realmente estávamos brincando com Zumbies e não com crianças feias, como muitos de nós pensávamos.

Somos nós...

Como Crianças e Zumbies brincando em um Playground***


*Desculpem pela foto, mas foi a unica que encontrei que combinava mais com o texto! E também quem nao gosta de Korn?!*

Por Vanrogue

sexta-feira, 14 de março de 2008

Ló-Debar

Não pergunte, esqueça as palavras, aqui, elas não são usadas, Sua alma encarcerada numa prisão de silencio, e as pessoas não vão te ajudar, você se escondeu, se afastou, Viveu isolado, sem amigos para compartilhar, hoje a vida cobra seu preço, as pessoas estão lá as mesmas de sempre, as palavras ainda machucam, palavras de maldições ecoando em sua mente, palavras que foram ditas a muito tempo e quem falou já nem se lembra mais, mas você lembra não lembra?

Valorizou suas feridas, prisioneiro de suas próprias fraquesas, Uma pedra dura, cheia de crostas, defesas erguidas contra quem? contra o que? você nem lembra mais lembra? ou será que não quer lembrar, já acostumou com seu refugio ou prisão se prefere assim, é eu sei que prefere, se recusa a adimitir que tem fugido que Ló-Debar(Ló- não Debar-Palavras) é seu exilio que se escondeu no silencio por que lá as palavras não poderiam te machucar, afinal como sentir por aquilo que não pode ser dito?

Os dias passam sem distinção, na cidade do silêncio você chora, chora um choro contido silencioso expremido, fugindo de seu passado e quando levanta e veste outra vez a sua capa, sua capa de fortaleza, você esconde outra vez a criança ferida, tão fraca, aleijada e sem forças, sem forças para gritar, sem forças para exigir, exigir devolta a vida que lhe foi privada, a verdadeira prisioneira, prisioneira de si mesma, vitima de sua propria covardia medonha.

Todas as portas fechadas, ninguém nunca se aproxima, não o bastante...

No silêncio da Alma, vivendo um cárcere camuflado...

Por John Doe.