sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O Passageiro Negro

"Depois de tantas tentativas falhas e frustradas. Depois de tantas falsas esperanças, finalmente me dei por conta que o meu maior mal está bem aqui dentro! Escondido! Se espreitando, arrastando-se e esperando o momento certo para sair!"

"Lutar? Resistir? Se entregar? Sucumbir?

A qual desses dar ouvidos?

Talvez a nenhum deles. Simplesmente tornar-se surdo.

Mas a verdade é que ainda estará lá.

Escondido. Rastejando e a espreita."

"Não tente se esconder. Não tente negar sua existência.

Ele está ai dentro também. Você não está sozinho como sempre pensou estar!"

"Existe algo dentro, bem no fundo de você. Muitas vezes você sente, outras vezes apenas ouve como uma voz que vem crescente em sua consciência. Na pior das hipóteses, explode de dentro pra fora e te vira completamente do avesso. Te enche de terror, medo, pavor e insegurança. Acaba com tudo ao redor e quando você se da conta, tudo já aconteceu."


Você consegue entender agora?

Tudo parece fazer sentido...

Então parece que realmente não estamos sozinhos, não é mesmo!

Diga olá para quem está dentro de você!"



Desenhos de Anderson Gustavo

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Corredores Vazios

Blogeiros de plantão, se apresentando mais um lesado que a partir de agora vai estar escrevendo aqui em parceria com o "Caderno". Acho que agora serão duas mentes insanas escrevendo juntas por aqui.

"APRECIE COM MODERAÇÃO"



CORREDORES VAZIOS

Andando por corredores vazios e estações desertas. Arrastando os pés como uma criança e pensando como um fracassado. Respirando como um sobrevivente e observando como um louco insano.

Por algum motivo não posso parar de pensar. Por algum motivo não posso parar de rir.

Ouço as vozes dentro da minha mente gritarem. Blasfemarem contra mim e meus intentos. Não consigo parar de rir.

Por alguns instantes paro e me sento em qualquer lugar apenas para ter certeza das coisas que estou pensando e fazendo.

Olhando pelas grandes janelas da estação vejo a transição do dia para a noite. As luzes começam a acender-se pela cidade. Altos e majestosos arranha-céus iluminados de glória. Por que foram poucos que apreciaram isso? Pareço sozinho!

Por alguns segundos, olhar não parece necessário. Não parece suficiente. As luzes começam a ofuscar meus olhos. Parecem crescer diante de mim. Inundar minha mente tentando me cegar.

Não tenho mais retratos para me lembrar do passado. Não tenho mais emoções para distrair meus pensamentos. Apenas vozes e murmúrios miseráveis. Eu penas quero tirar essa maldita voz da minha cabeça. O que eu daria para poder dormir apenas uma noite sozinho?

“Com licença, você está muito ocupado escrevendo sua tragédia?”

- Por que Simplesmente não cala a boca? Por quê? Por quê?

Parece que as paredes falam. Contam coisas sobre mim. A cada parede um nome diferente se pronuncia contra mim. Querem me torturar?

- Querem me torturar? É isso que vocês querem?

Lembrar de tantos nomes arruinados. Tantos rostos sofridos por causa do meu desgosto e falta de coração. Espero que estejam felizes onde quer que estejam. Espero que se lembrem de mim. Como que gostaria que lembrassem. Lembrassem de todas as vezes que arruinei suas vidas medíocres e sem razão.

Lembre-se de mim pelas vezes que te arruinei, não pelas que te fiz sorrir.

Andando por corredores vazios e estações desertas. Arrastando os pés como uma criança e pensando como um fracassado. Respirando como um sobrevivente e observando como um louco insano.

Escadas e degraus. Lances e mais lances. Um atrás do outro. Momentos e mais momentos. Meu Deus! Onde tudo isso vai parar?

Procuro não fechar os olhos por muito tempo para não ouvir as vozes que me cercam. Não posso me distrair ou então serão devastadoras ao me dominarem. Ouço sussurros de preocupação. São graciosos demais para me deixar ir embora. Para me deixar em paz. A cada palavra meu estomago começa a embrulhar. Meus olhos estão fechando. Estou cedendo. Estou cedendo. Eu jurei que nunca cederia. Abro os olhos.

Agora ouço as palavras através dos meus olhos. Minhas loucuras insanas não se detêm mais a vozes. Estão assumindo formas. Vultos. Cores.

Meu Deus! Deixe-me no escuro, por favor. Ajude-me a terminar o que comecei ontem à noite.

Essas paredes dizem meu nome. Profanam meu nome a cada palavra. Eu engoli minhas unhas para assim nunca voltar a dizer meu nome.

Acendo um cigarro. Mãos tremulas. A fumaça parece não dissipar os vultos.

Estou escrevendo essas cartas do inferno. Escrevo do inferno para vocês.

Historias de ódio. Historias de sorrisos quebrados e desejos enganados.

Mentiras de ódio. Mentiras de sorrisos quebrados e desejos falsos.

Mentiras. Apenas escrevo mentiras.

Mentiras.

Com os olhos abertos posso ver a visão da verdadeira infelicidade.

Sussurros de preocupação.

Não posso entender? Estou sozinho?

Mas todos parecem tão reais!

Lembre-se de mim pelas das vezes que eu arruinei você.
Não pelas que te fiz sorrir.

- Está tudo bem, senhor?

Estou ouvindo! Estou ouvindo!

Mas não pode ser verdade! Não pode ser verdade!

- Precisa de ajuda, senhor?

Com cada palavra meu estomago começa a embrulhar.

Eu tentei! Eu juro que tentei terminar o que comecei ontem a noite.

Mas no momento estou escrevendo do inferno.

Historias de ódio. Historias de sorrisos quebrados e desejos enganados.

Mentiras de ódio. Mentiras de sorrisos quebrados e desejos falsos.

Mentiras. Apenas escrevo mentiras.

Mentiras.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Dois lados de mim mesmo... (ou Otherside)

Nunca se sabe onde as palavras podem te levar, Nos ultimos meses viajei por ruas umidas e escuras, passei noites em quartos mal iluminados com suas paredes de alguma forma sempre azuis, respirei sofregamente ares tão pesados e que por vezes me pareceram tão solidos quanto uma pedra, dias e noites a fio, conduzido por palavras por lugares que muitos desejariam nunca precisar ver, mas eu, o que posso dizer, estranhamente(digo isso pois as vezes até eu me surpreendo com os desfechos dessas idas, e não por ser algo realmente estranho a mim) me agradei e apreciei em demazia, todos os lugares, e começo a achar por mim mesmo, que encontrei um meio termo para tudo isso, quem sabe até um tipo de resposta as minhas inquietações sobre a vida, e suas desventuras, sabe, depois de provar um pouco da escuridão que todo ser humano tenta se afastar durante sua vida, creio que fugir disso não teria me levado a lugar algum, pelo contrario, o aprender a encontrar momentos de prazer até mesmo nos desprazeres, fez-me ver que a felicidade é felicidade, não é verdadeiramente aquele conto de fadas, por favor, não deixe que minhas idéias frustem seus sonhos, deixem-me tentar redimir-me, quem sabe a minha felicidade, não esteja nos contos de fada, nas historias incriveis, mas em poder apreciar um pouco de cada sensação, de cada momento, seja ele de alegria intença, ou cegante dor, afinal, a ida é feita de altos e baixos e se a minha possui mais baixos do altos, não serei eu o homem que irá aguardar os altos para encontrar aquela porção de felicidade a qual ltodos nós estamos destinados.

Sei que este texto irá desagradar muitos que visitam, apreciam, e que me insentivaram a continuar até aqui, mas a estes, agradeço imensamente o que fizeram por mim até aqui, e peço desculpas se dessa vez não pode cumprir com suas espectativas, mas me ocorreu também que é sim possivel que os mesmos citados acima, possam assim como eu ter um certo apreço por este texto, mesmo que não seja misterioso, ousado, e por que não dizer "Dark", como os demais.
Quero que entendam também que não estou cuspindo no prato que comi, continuo detestanto o que escrevo da mesma forma que detestava os anteriores, acreditem, e continuarei escrevendo os misteriosos e mais estranhos textos, a não ser que maus dias tenham deixado de existir.

Pois bem, Nunca se sabe onde as palavras vão te levar, num dia tão peculiar e sem nada de especial, as minhas me trouxeram até aqui, Deus sabe onde irão me levar da próxima vez...

Tenham uma boa noite meus caros amigos.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Noites Vazias...

Quase sempre a noite cai sobre mim como um manto frio, e quase sempre isso é o bastante, mas existem noites tão quentes quanto o dia e é nessas noites que começa o meu lamento, não sei explicar o que se passa, não sei dizer se é só tristesa, se o calor aumenta o sentimento de solidão, mas em noites como essa eu não queria ficar sosinho, não queria ter que acordar no outro dia e voltar a minha rotina, mas isso não depende de mim, é assim que é e não a nada que se possa fazer.

Nessa noite o sono me foge e todas as minhas frustrações invadem minha mente, pensamentos em disordem disputando espaço entre montes de vazios, tão solidos qaunto pedra ocupando e dividindo espaço com os anseios, causando intrigas entre as realizações, zombando e menospresando as conquistas, noites assim podem bagunçar toda uma vida, pode fazer o mais são dos homens tornarsse apenas mais um louco gritando verdades indiziveis pelas praças em busca de quem ainda as queira escutar, mas não comigo, é preciso ter algo de são para poder tornarsse louco.

Queria deitar e quem sabe dormir o sono dos justos, queria ter meus pensamentos em ordem e deixar o frio tomar conta de mim, queria que este calor que torna as coisas tão cheias de vida, ficasse longe de mim, que me deixasse em paz em concentrasse suas energias no mundo dos vivos e felizes com suas paredes vermelhas de sangue, um sangue de inocentes que ficaram largados pelo caminho, com as marcas deixadas pelos pés dos que os usaram pra alcançar essas vidas de calor.

Como posso ter o carater que se espera de um verdadeiro cavalheiro e a vida dos homens das terras quentes sem derrubar aqueles que jurei proteger?

A Loucura é um fardo e somente a ignorancia é uma benção.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A Sanidade Por Um Triz...

Não sei se é o calor ou eu que estou realmente fora da minha razão, mas parece que os dias andam me provocando, em alguns momentos e nem sei ao certo se ainda estou são, as vezes o calor parece distorcer a realidade ou é apenas a minha falta de razão me alertando sobre o irreal, sobre o surreal, sobre as mudanças que não existem nem nunca existiram chegando a passos largos a cada gota de suor que escorre livremente por minha testa, me avisando assim como a gravidade que empurra meus pés e minha face contra o chão me mostrando que lá é o meu lugar, o vento sopra quente e pesado, não consigo respirar esse ar, mas mesmo assim ele invade minhas narinas me enchendo com um nada tão cheio e pesado que mesmo que a gravidade não me visse eu nunca sairia do chão, movimento as pernas de um lado para o outro enquanto minha mente foge pela janela e se perde em pensamentos mortos mas tão reais, tão reais que as vezes nem sei mais se sonho estar viajando pelo vento ou se esta não é minha prisão me privando do que é real enquanto minha mente fantasia ser como todos são, quem sabe não é esse o conceito de normal que me falta, mas não me engano, sou apenas louco, sem razão, ou é apenas o calor que me perturba as idéias em dias quentes assim...

A Frase de topo deste blog nunca fez tanto sentido... "Rabiscos incoerentes de uma mente conturbada" e assim num dia quente, na escuridão do meu quarto, bebendo e vendo as horas passarem, e por mais incrivel que isso possa parecer, até gostei um pouco disso, eu acho... mas pode ser que isso tudo seja mesmo efeito do calor...

Deliriun and Disaster...

AAAAAhhhhh... To sem tempo, sem paciencia e sem inspiração então só pra não ser sacana demais e deixar isso largado de novo, vou deixar um texto feito pelo meu primo:

A verdade é que cansei de ver um monte de coisas escritas em inglês, e o pior, gente como eu, escrevendo em inglês ao invés de fazer valer sua lingua raiz. Tenha orgulho da sua lingua caara ¬¬ Minha arte é algo que faço pra mim mesmo... nao faço pra você, não faço pra ser reconhecido, nao faço pra ganhar dinheiro (o que ultimamente ta mais que dificil ¬¬). Faço pra Satisfação propria. Faço pra auto-realização e como uma maneira mais facil de expressar as coisas que estão dentro dessa caixa obscura que chamamos de mente. Se expressar vai além de ser perfeito em traços ou cores. É sua forma de mostrar ao mundo como você sente, ouve, vê e imagina as coisas! Traços retos ou tortos! Isso é arte! Pra nao deixar de ser eu vou terminar aqui com uma frase legal ^^ "Se não gostou da galeria, O PROBLEMA É TEEEEEU!!! Cai foooora e vai dormi tranquiloo otario ¬¬ ... Se gostou... Obrigado e agradeço pelo voto de bom gosto!" "Volte sempre aos seus pesadelos, querida!" *Autor: Eu mesmo ¬¬*

Já sabem agora quem herdou os dotes artisticos na familia...

http://vanrogue.deviantart.com/
http://screamsofdisaster.blogspot.com/

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Dias...

Andei medindo a mim mesmo nos últimos dias e o mais estranho em tudo isso é que notei que geralmente sou exatamente o que quero ser, mesmo quando não alcanço meus objetivos, eu faço o que quero, penso que as vezes fico tão bitolado com o objetivo final que esqueço de me parabenizar por todo o caminho, não sei se consigo explicar, mas é como você sonhar em ser alguém e ver as coisas acontecendo, só que sem a parte das coisas acontecendo. Não sei se posso me contentar com isso, mas é impossível negar que não sinto uma ponta de satisfação de conseguir ser eu mesmo num mundo onde todos já desistiram desse velho conto de fadas.

Meio que mudando de assunto, minha vida anda corrida e entre satisfações e desapontamentos tenho tentado não pensar muito em todo este drama adolescente atrasado no qual minha vida se baseia hoje, estou de volta ao meu recanto a uma semana como vocês sabem e nesses dias tudo tem estado estático, mas a dias e dias como em toda historia não é mesmo.

Tive um dia muito estranho essa semana, um dia realmente muito, muito estranho, começou normalmente prometia ser só mais um normal e tediosos dia, mas pro meu espanto acabei voltando a floripa (a passeio claro), andei com um ar de insatisfação pelas ruas que andava todos os dias, sentia como se não tivesse feito diferença pra ninguém, sai da empresa onde trabalhei com o dinheiro no bolso e com a sensação de ter falhado feio, comigo e com aquele lugar, voltei pra casa dos meus tios andando, uns 10 quarteirões eu acho, olhava pras pessoas e realmente não conhecia nenhuma delas e elas com certeza não me conheciam, passei 3 meses indo e vindo por aquele mesmo caminho e pelo visto, não havia criado nenhum laço com aquele lugar, e foi com esse sentimento que caminhei meio como um Homem morto andando por mais da metade do caminho, num momento da caminhada de autoconhecimento (conseguem notar o cinismo) notei numa janela no outro lado da rua, um senhor negro com os poucos cabelos brancos que tinha desalinhado sobre sua cabeça olhar em minha direção e num breve movimento fazer um comprimento militar, uma continência pra ser mais exato, olhei pra ele no alto do prédio e acreditem até virei um pouco a cabeça pro lado, e ele sorriu misterioso como se soubéssemos de algo que ninguém mais sabia e então eu correspondi a continência com um sorriso satisfeito.

Depois ainda caminhando até a casa da minha tia, que agora já começo a achar ser bem mais distante do que as 10 quadras que disse mais cedo,mergulhado em minha mente, pensei já ter visto aquele Senhor sorrir do mesmo jeito numa noite qualquer em algum lugar que poderia até mesmo ser aquela mesma praça ou quem sabe Londres ou até mesmo paris, quem sabe, a noite é tudo tão claro, mas quando acordo, nunca lembro realmente...