quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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Eu corro e embora o faça com todas as minhas forças, a dias que noto estar no mesmo lugar a paisagem ao meu redor estatica e sem vida, quero olhar para baixo, ver o que existe sob meus pés mas tenho medo, medo do desconhecido, medo de estar fugindo do inevitavel e de que abaixo de mim exista apenas um nada, um vazio que um dia inevitavelmente irá me tragar para suas entranhas sombrias com suas paredes cobertas pelas dores de um mundo sofrido e amargo, um mundo de pessoas más pessoas que mentem, e acredite, todo mundo mente, um mundo que a tempos tem se afogado em tristesa e maldades de pessoas que vagam sobre esta terra de estupradores assassinos e ladrões.

Por isso eu corro ainda mais rapido com todo meu vigor, sem parar e sem olhar pros meus pés, corro como se minha vida dependesse disso, corro pela esperança corro pois a mudança é tudo que me resta, pois sinto que se eu não sair daqui, se não mudar alguma coisa o vazio irá crescer e me alcançar se alimentando das minhas fraquesas e da minha falta de reação, e por mais que a cada minuto que passa se torne cada vez mais impossivel escapar do fim que tem se firmado nesta suja realidade, eu persisto e corro.

Eu corro mas meus pés não sentem o chão e o medo cresce dentro de mim, eu sinto como se meu mundo fosse tragado por uma força intangivel que se empenha em destruir, insiste em tornar real aquilo que meu mundo me ajuda a esconder, vejo o vermelho escorrer como sangue ao meu redor, 4 paredes que surgem sem me deixar alternativas, já não há mais para onde correr mas eu não paro, olho as paredes em busca do azul frio que me guarda como a um segredo, mas só o vermelho está lá. O medo me paraliza já não há mas para onde correr de todos os lados o vermelho me cerca e abaixo de mim só me resta o vazio...